. Os Andradas; obra commemorativa do 1. centenário da independêndia do Brasil, mandada executar pela Câmara municipal da cidade de Santos. ro, pela chateza daforma e pela absoluta carência de ideias originaes e de emoções fortese vibrantes. Si a música era do mesmo naipe que a letra, imagine-se aque cruéis torturas os nossos maiores da época da independência nãotiveram de submetter seu gosto esthético, em holocausto á causa porque (1) Mello Moraes — Obr. citada, página 62, columna , vol. l.°. (2) Varnhagen — Obr. cit, pág. 115. (3) Oliveira Lima — Obr. cit., pág. 86. 174 deix


. Os Andradas; obra commemorativa do 1. centenário da independêndia do Brasil, mandada executar pela Câmara municipal da cidade de Santos. ro, pela chateza daforma e pela absoluta carência de ideias originaes e de emoções fortese vibrantes. Si a música era do mesmo naipe que a letra, imagine-se aque cruéis torturas os nossos maiores da época da independência nãotiveram de submetter seu gosto esthético, em holocausto á causa porque (1) Mello Moraes — Obr. citada, página 62, columna , vol. l.°. (2) Varnhagen — Obr. cit, pág. 115. (3) Oliveira Lima — Obr. cit., pág. 86. 174 deixou de ter uma existência de facto, como poder constituídolegalmente. Por sua vez, o Ministério, sob a vigilante coacçãodos militares insubordinados, limitou-se a despachar o simplesexpediente administrativo, receioso de novos pronunciamentos ecomplicações e na espectativa de que de Lisboa viessem os remé-dios para os nossos males. Vejamos, entretanto, o que por esse tempo se passava nasCortes Portuguesas relativamente ao caso brasileiro. CAPITULO III O PROBLEMA BRASILEIRO E A ATTITUDE DAS CORTES DE LISBOA. SSISTAMOS agora noutro scenário mais amplo,na vetusta Lisboa regenerada pelo filtro mágicodo liberalismo constitucionalista, ao desen- As tendê dos importantes acontecimentos que se lá cias das Côr-passavam e que tão de perto diziam com o pro- tes*blema capital imposto á livre consciência dospatriotas brasileiros — a autonomia relativa, quando nãoa absoluta independência de nosso Paíjs, chegado á ida-de de se emancipar. Veremos que os liberaes portugue-ses, talvez sentindo o influxo tutelar da Inglaterra domina-dora, tinham aprendido, com os estadistas dessa artificiosa Po-tência, a cultuar enthusiásticamente a liberdade dentro de suasfronteiras, mas a desprezá-la com insolente arrogância nos de-mais Paises do universo. Para os dirigentes britânnicos a liber-dade é a deusa tutelar, cujos pés osculam com religioso acat


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