Faiscas de fogo morto : Improvisos do monte : Pó e sombra ..no seculo XIV : ultima faisca - notas . TEMPO SEGURO Acudiram á Costa as negras de sardinha. Remédio salvador da gente pobresinha, Que andava na penúria ha pouco nesta terra! 88 faíscas de fogo morto Venha o norte a puchar dos píncaros da serra;Voltemos, com o arado, o flórido ervaç tempo assim pinta um anno real! Deus o traga! As paixões, na sanha rancorosa,Andam-se a remorder; emquanto na cardosa,Na volta do trabalho, alegres os ganhões,Aquentam á lareira as mãos e os corações! Não podem entender,Na sua ingenuidade, os e
Faiscas de fogo morto : Improvisos do monte : Pó e sombra ..no seculo XIV : ultima faisca - notas . TEMPO SEGURO Acudiram á Costa as negras de sardinha. Remédio salvador da gente pobresinha, Que andava na penúria ha pouco nesta terra! 88 faíscas de fogo morto Venha o norte a puchar dos píncaros da serra;Voltemos, com o arado, o flórido ervaç tempo assim pinta um anno real! Deus o traga! As paixões, na sanha rancorosa,Andam-se a remorder; emquanto na cardosa,Na volta do trabalho, alegres os ganhões,Aquentam á lareira as mãos e os corações! Não podem entender,Na sua ingenuidade, os ecos taciturnos,Que chegam do paiz diários e nocturnos; Ecos para tremer! O tempo vae profundo azul que vence os Apeninos,Na graça e no primor de dias crystalinos,A tragedia refoge!... O futuro ? O futuro ?!. 1908. TERRA v^y uando é que chegará o dia míllenarioEm que venha a findar o furacão da guerra, E tu sejas sacrárioDa abundância, da paz, do santo amor, ó terra? QO faíscas de fogo morto Quem foi que te gerou? Um sopro mysterioso,Ignoto ao ser humano. Aqui,
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