. Idyllios dos reis. extranha maguaQue não recebe o orvalho duma lagrima—Deserto onde não cai nem gotta dagua,—Já não é hoje o mesmo que hontem , e não sabe o que a sua alma é. .Tem Ímpetos de louco, anciãs de só encontrarão descanso um diaNessa enorme e cruel selvageriaDa fornalha chamada auto de fé... i 97 ■VI Mas o rei Barba-Azul não fora eterno,Dera emíim que fazer ao um pensamento que inspirara o infernoSorriu na mente a D. João III. Essa mulher formosa que elle amaraIa pagar-lhe os longos soffrimentos,As enormes angustias, os tormentosDa sua mocidade que pa


. Idyllios dos reis. extranha maguaQue não recebe o orvalho duma lagrima—Deserto onde não cai nem gotta dagua,—Já não é hoje o mesmo que hontem , e não sabe o que a sua alma é. .Tem Ímpetos de louco, anciãs de só encontrarão descanso um diaNessa enorme e cruel selvageriaDa fornalha chamada auto de fé... i 97 ■VI Mas o rei Barba-Azul não fora eterno,Dera emíim que fazer ao um pensamento que inspirara o infernoSorriu na mente a D. João III. Essa mulher formosa que elle amaraIa pagar-lhe os longos soffrimentos,As enormes angustias, os tormentosDa sua mocidade que Viu-a agora a seus pés, terna e vencida,Seguil-o, oíFerecer-se-lhe, elle, que esprára essa hora toda a vida,Quiz os laços do amor partir, vingar-se. Sempre sombrio e sempre concentrado,Vexou-a e despediu-a. E nesse instanteO seu olhar sinistro e desvairadoFoi mergulhar-se num clarão distante. Era a fogueira santa que esperava Pelo humano carvão que a LSj^vi, GABRIELLA D^ESTRÉES XVI A ENCANTADORA GABRIELLA Via a seus pés GabriellaO rei Henrique o rei nos olhos dellaTodo o azul do céu doirado,Que nos olhos de GabriellaHa o brilho de uma estrellaSobre o azul immaculado. Colhe o rei numa anciã loucaDe amoroso desvarioCada palavra que vemGahindo da sua boccaGomo pérolas em fio. Assim ás vezes tambémGai da fonte crystallina,Gotta a gotta, a agua pura — 100 — Sobre a taça alabastrinaQue o Amor nas azas segura. —((Encantadora Gabriella,Diz o rei, sou teu, és minha.((Sobre o frouxel do teu peito,«Philomcla ou andorinha,«Achei o meu ninho feito. Que no seio de GabriellaHa o doce calor suave,Que tem o ninho de uma ou philomela. ((Pede em troca o que quizeres,((Tudo ou nada, e será lei.((Saibam da França as mulheres((Que és a rainha do rei.«Ha no teu rosto, Gabriella,«A formosura suprema,«Que tem de Phídias a linha.«Deu-te Deus o diadema,«Curva-se o rei á »


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