. Estro. minha deíoneraçáo em quadramais opportuna : vifto que a mania dosVerfos, huma vez que de nós fe apodera,nos acompanha quaíi fempre á mefma co-va ; ainda quando fe lhe aífocía o próprioremorfo de que pouco ou nada medramos. SE- çm razão de fó lixe haver Jeito ver o meu -Compendiadepois de imprej/o. SEPULTURA D E LÉSBIA; POEMA EM XII. PRANTOS. Serius ata citius fedem properamus ad unam :Tendimus buc omnes Ovid. Met. VI SONETO PRELIMINAR. F Azendo ultraje ã Mufa delicada ,Outros cantem o vicio q os domina;.E a <f em Senhora commandou divina ,A rafteiras paixões í em Criada: Quem


. Estro. minha deíoneraçáo em quadramais opportuna : vifto que a mania dosVerfos, huma vez que de nós fe apodera,nos acompanha quaíi fempre á mefma co-va ; ainda quando fe lhe aífocía o próprioremorfo de que pouco ou nada medramos. SE- çm razão de fó lixe haver Jeito ver o meu -Compendiadepois de imprej/o. SEPULTURA D E LÉSBIA; POEMA EM XII. PRANTOS. Serius ata citius fedem properamus ad unam :Tendimus buc omnes Ovid. Met. VI SONETO PRELIMINAR. F Azendo ultraje ã Mufa delicada ,Outros cantem o vicio q os domina;.E a <f em Senhora commandou divina ,A rafteiras paixões í em Criada: Quem bebe o folgo pela viva Amada ,Vozes de meí lhe tinja em frafe fina;E o que pompofas Pertençõcs maquina,Lifonjas doure em tinta aílucarada: Dourar nem fingir fabe a minha Mufa ,E afliunpto, q elcolheo, he de tal forte ,Q enfeite o defcompóe, e ornato efcufa ; Longe de enxovalhar feu alto porte,A nada afpira , adulações náo ufa ,E fe inda adora , he o Sepulcro , c a Morte. SE- Pag; u. SEPULTURA L E SÈ I A. PRANTO I. E U vou, ó Lé retinio foturnaEm minha orelha a hora appetecida ,Qeu fuja aos homens por beijar-te a urna. Se ao lado me não vifte na partida ,He que minha jornada ha de fer larga ,E larga me importava a defpedida. Não me acenes, eu vou ; a funda cargaDe apreftos dignos a lugar tão ferioMe trasborda, no peito , c o pé me embarga, Er- 2 ESTRO Ermo, como he, teu trifte cemitério,Tu bailas porque affouto a elle eu corra 9Solidão, onde eftás, he vafto Império,.. Pois dos Ceos a odiofa luz fe borra ;Que Terra , e Mar fe veftem da cor negra ,Q* o gangrenado coração me forra. A hora em que he a dor á dor fó regra ;Que de pavor fe encolhe o virtuofo,E o defcarado crime he quem fe alegra. Eu banido à razão , eu criminofoDe praguejar o alento , que inda gafto ,Bufcar-te venho, ó fúnebre repôío. Qual a fera carnivora fem paftoApôs da preza , que lhe mate a fome,Os ventos bebe , e lhe fareja o rafto : Porque minha voraz lembran


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