O carnet de um semi-louco . iduo que era conhecido pelo nome dePeixotinho. 11 Larguei o jornal; dei um grito estri-dente, abri os braços e caí nos do Al-meida. Corri á mesa e por baixo do tinteiro láestavam os papeis que elle me tinha dei-xado. O Almeida abre a vitrola, e com es-panto meu, o apparelho Vejo os papeis. O prologo é este: Se não forem publicados estes pensa-mentos perseguir-te-ei emquanto vivas. Por isso os publico. E resôa do apparelho metallicoa Mar-cha Fúnebre de Wagner; e nós, o Al-meida e eu, num silencio de saudade,lemos tristemente o Carnet de um Semi-Lou


O carnet de um semi-louco . iduo que era conhecido pelo nome dePeixotinho. 11 Larguei o jornal; dei um grito estri-dente, abri os braços e caí nos do Al-meida. Corri á mesa e por baixo do tinteiro láestavam os papeis que elle me tinha dei-xado. O Almeida abre a vitrola, e com es-panto meu, o apparelho Vejo os papeis. O prologo é este: Se não forem publicados estes pensa-mentos perseguir-te-ei emquanto vivas. Por isso os publico. E resôa do apparelho metallicoa Mar-cha Fúnebre de Wagner; e nós, o Al-meida e eu, num silencio de saudade,lemos tristemente o Carnet de um Semi-Louco. Diz assim: 12 np=o=<^oM:::^^^^=^^f^o=G SOBRE O AMOR o amor está cada dia mais todo o amor de Mãe é puro. O maior amor é o amor ao ão creio no amor, creio na carne. 13 ^ Si os homens cumprissem todos os juramentosde amor que fazem não teriam tempo para outracousa. * O coração fabrica sangue e não amor. ^ O mal do amor está nos contractos; sem elles épossível a sua duraçã 14 SOBRE A AUSÊNCIA As boas amizades só é possível conservá-lasatravés de cartas. * A ausência permitte a camaradagem; a habi-tação commum a destroç


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