. Idyllios dos reis. e a lamentar que fossePara tão grande amor tão pequena a vingança. X A JARRETEIRA Na célere dança,Que o rei não fatiga,Da bella condessaSoltára-se a liga, — A liga, um primor!O rei ajoelha E a corte se espantaDe ver que EduardoA liga levanta, — A liga, um primor! Sorriem do casoCom fina ironiaOs lordes e as damasPor ver que elle erguia—A liga, um primor! — 8o — E o rei, maguado,Não tarda que diga:«Dcshonra aos que zombam«Do rei, c da liga.» — A liga, um primor! O rei, a vaidadeDa corte castigaCreando uma ordemEm honra da liga, — A liga, um primor!Assim terminara A rápida b


. Idyllios dos reis. e a lamentar que fossePara tão grande amor tão pequena a vingança. X A JARRETEIRA Na célere dança,Que o rei não fatiga,Da bella condessaSoltára-se a liga, — A liga, um primor!O rei ajoelha E a corte se espantaDe ver que EduardoA liga levanta, — A liga, um primor! Sorriem do casoCom fina ironiaOs lordes e as damasPor ver que elle erguia—A liga, um primor! — 8o — E o rei, maguado,Não tarda que diga:«Dcshonra aos que zombam«Do rei, c da liga.» — A liga, um primor! O rei, a vaidadeDa corte castigaCreando uma ordemEm honra da liga, — A liga, um primor!Assim terminara A rápida brigaDo rei com a cortePor causa da liga, — A liga, um primor! XI D. LEONOR TELLES IAnverso A nobre cavalgadaCorrendo a toda a bridaLevanta, na fugida,Nuvens de pó na estrada. A plebe brios de pagar coa vidaA sua fúria honrada. Leonor assim o jura. Feroz, de quando em quando, Coo seu olhar procura Lisboa, e diz pensandoNuma vingança dura:«Eu amo-te, Fernando.». D. LEONOR TELLES — 83 —II Reverso Consumma-se a vinganç branda mão que o opprimeFernando é como um vimeNa mão de uma creanca. Leonor grilhões lhe lançaNuma embriaguez plebe expia o crime. ..A forca não descansa. Pregão de morte soa,Emquanto o rei, cordeiro Aos pés duma leoa, • Bemdiz seu captiveiro. Leonor pune Lisboa E espera o conde Andeiro. XII D. JOÃO I A corte folgava e riaSob o copado arvoredoDe Cintra na sombra fria. Ora um olhar, um segredoOutro segredo, outro olharProcurava a furto e a medo; Ora estrallavam no arRisos de franca alegriaNum descuidoso folgar. Assim o tempo fugia,Assim a corte folgavaDe Cintra na sombra fria. A rainha procurava O rei com terna canseira, E o rei a corte -S6 — Porque uma frecha certeira,Quando o amor faz pontaria,Vence a mais alta barreira. D. João primeiro sorriaA certa dama formosaDe Cintra na sombra fria. Era a manhã tão calmosa, Que o rei quiz beber num beijo O orvalho daquella


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