Miniaturas . distante. Vejo que a sua lindeza seveste, dia a dia, duma diafaneidade pronun-ciadora, e adivinho as tragédias do coraçã a história dessa rapariga, que aos do-mingos enfeita a face dum sorriso, põe florese chega ã janela quando passam foliõese serenatas. Mais do que seria legítimo su-por-se, tenho pensado nela, na sua máquina,na sua costura, na mãe que ela sustenta,no pai cujo crânio sob a lousa branca ali-menta raízes, no irmão pequenito e traqui-nas que ela veste. Nos intervalo? da prosa oseu lirismo suaviza-mt. E, não sabendo comoela se chama, sei, todavia, que se chama Re


Miniaturas . distante. Vejo que a sua lindeza seveste, dia a dia, duma diafaneidade pronun-ciadora, e adivinho as tragédias do coraçã a história dessa rapariga, que aos do-mingos enfeita a face dum sorriso, põe florese chega ã janela quando passam foliõese serenatas. Mais do que seria legítimo su-por-se, tenho pensado nela, na sua máquina,na sua costura, na mãe que ela sustenta,no pai cujo crânio sob a lousa branca ali-menta raízes, no irmão pequenito e traqui-nas que ela veste. Nos intervalo? da prosa oseu lirismo suaviza-mt. E, não sabendo comoela se chama, sei, todavia, que se chama Re-signação. * Nuvens cin/i nt is tapam azul, desenhammonstros e cobrem de tristeza os fundos depaisagem que se Lobrigam desta varandaarejada, donde se podv nas noites caladasfalar às estrelas e interrogar o coração dascousas. Vai chover, vai desíazer-se em | ACABOU DE SE IMPRIMIRa 30 de Abril de 1920 NOS PRELOS DA Imprensa Nacional de Lisboa & Composto em máquina «Linotypc». MHHM PLEASE DO NOT REMOVECARDS OR SLIPS FROM THIS POCKET UNIVERSITY OF TORONTO LIBRARY P3 9261 A76M5 Araújo, Norberto deMiniaturas 8 €^M%wmmm^M%wMfÀ O r- ?s LU 25 =EE2 = Q CD 0)^ = Q- O Z^ ^=li_ Q== ==_J CO O =>- h-^^ =3» ^=00 o = UJ z Z>^= = Q co . y. y. y. m&m


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