Narcoticos . PHÍLARÈTE CHASLES. VELHO professor do collegio de Fran-ça, o encyclopedico Philarète Chas-les estava em Veneza, no estio de1874. Sahira de Pariz muito triste, fa-tigado e doente, mortalmente infermo do desgostoda vida. Assim mesmo, aquelle poderoso espiritonão podia attemperar-se á fraqueza do em uma poltrona, em frente duma ja-nella que abria sobre o mar, ditava a um sobri-nho um livro — o seu derradeiro livro chamadoA psycologia social. Náo tinha livraria no seu 804 NARCÓTICOS gabinete dhotel, e ditava com uma bibliothecaalojada no enorme cérebro, onde lhe refluí
Narcoticos . PHÍLARÈTE CHASLES. VELHO professor do collegio de Fran-ça, o encyclopedico Philarète Chas-les estava em Veneza, no estio de1874. Sahira de Pariz muito triste, fa-tigado e doente, mortalmente infermo do desgostoda vida. Assim mesmo, aquelle poderoso espiritonão podia attemperar-se á fraqueza do em uma poltrona, em frente duma ja-nella que abria sobre o mar, ditava a um sobri-nho um livro — o seu derradeiro livro chamadoA psycologia social. Náo tinha livraria no seu 804 NARCÓTICOS gabinete dhotel, e ditava com uma bibliothecaalojada no enorme cérebro, onde lhe refluíam to-dos os fluidos da vida, onde se esvoaçavam todasas ideias em uma grande sonoridade como a re-voada das andorinhas que se abandam para emi-grarem. Nesse livro de 288 paginas em formatopequeno ha um index onomástico em que figuram723 nomes de publicistas, de políticos, de philo-sophos e artistas! Últimos lampejos da maior re-tentiva que teve o século xix em França. Um dia, ao romper da manha, o ancião man-d
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