Luz da liberal, e nobre arte da cavallaria : offerecida ao Senhor DJoão, principe do Brazil . al, tro-tando-o em hum grande trote , quando elle pela fua agilidade , pofllbilidade , econftrucção devia fer trotado cm hum trote curto, unido, e vivo. Semelhantes ef-feitos lhes rcfultão também de os haverem trotado em hum trote curto , e unido,quando elles por ferem robuftos, fortes, e nervofos precifavão fer difpoftos, e dcf-embaraçados por meio de hum grande trote. Segue-fe que o Cavalleiro deve co-nhecer das difficuldades dos Cavallos bem como S. A. , para lhes regular a lição,de forma que ella
Luz da liberal, e nobre arte da cavallaria : offerecida ao Senhor DJoão, principe do Brazil . al, tro-tando-o em hum grande trote , quando elle pela fua agilidade , pofllbilidade , econftrucção devia fer trotado cm hum trote curto, unido, e vivo. Semelhantes ef-feitos lhes rcfultão também de os haverem trotado em hum trote curto , e unido,quando elles por ferem robuftos, fortes, e nervofos precifavão fer difpoftos, e dcf-embaraçados por meio de hum grande trote. Segue-fe que o Cavalleiro deve co-nhecer das difficuldades dos Cavallos bem como S. A. , para lhes regular a lição,de forma que ella lhes feja útil. Por iíTo tanto recommendo em todas as lições ocuidado que fe deve ter , em que todos os movimentos dos Cavallos fejão iguaesna fua determinação, e dobra, aílim para huma, como para outra mão. Só he pemiirtido dobrar o Cavallo com dcfigualdade para remediar os feusdefeitos, principalmente das efpaduas; pois quando elle chega a fer igual no mo-vimento, íicuação, e defembaraço delias, obedece facilmente á mão, e ás pernas do ^Ir/^iy/t/ -?/ /ii,/ 22 ^.. Da CaVallaria; Livro Ví. í27 do Cavallciro; e pelo contrario fe uía mal das efpaduas, ainda que dobre ímiito opefcoço, e fegure a garupa, nem fempre o faz por fujeiçao , e obediência , masfmi muitas vezes elle fe dobra com excelTo por bufcar alguma defeza com que pof-fa eximir-fe da fujeiçao de fe endireitar em todos os fcus movimentos, com a boadirecção , que o Cavalleiro pertende. Defunem-fc também muitas vezes por alli-viar a parte de fora: defunem-fe por fe oppôr á vontade do Cavalleiro: defunem-fe por não determinar os feus movimentos pelas fenfaçóes que lhes fazem, feja porCerem ellas mal applicadas, ou porque os Cavallos ignorem ainda o feu ufo: def-ynem-fe por eftar arruinados de algumas das partes do corpo , principalmente dasmoleftias, que elles com facilidade adquirem nos curvilhóes, pois a fraqueza, e ador que a moleiftia lhes caufa os faz defunir muitas vezes da
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