. Os Andradas; obra commemorativa do 1. centenário da independêndia do Brasil, mandada executar pela Câmara municipal da cidade de Santos. ensão imposta ou pelos Tribunaes de Relação de certacategoria ou pelas Administrações Provinciaes. Os Consti-tuintes Portugueses, porém, propensos á recolonização, oppu-nham-se a tal regalia e pugnavam por que as denúncias e processosfossem ao Reino Europeu, para então os Magistrados soffrerema penalidade que merecessem na forma da Lei. O seu discursocausou geral estupefacção entre os reaccionários do Constitu-cionalismo, conjurados contra o Brasil, não tan
. Os Andradas; obra commemorativa do 1. centenário da independêndia do Brasil, mandada executar pela Câmara municipal da cidade de Santos. ensão imposta ou pelos Tribunaes de Relação de certacategoria ou pelas Administrações Provinciaes. Os Consti-tuintes Portugueses, porém, propensos á recolonização, oppu-nham-se a tal regalia e pugnavam por que as denúncias e processosfossem ao Reino Europeu, para então os Magistrados soffrerema penalidade que merecessem na forma da Lei. O seu discursocausou geral estupefacção entre os reaccionários do Constitu-cionalismo, conjurados contra o Brasil, não tanto pela novidadeda argumentação, pois que nada mais fora que uma synthese doque antes dissera a nosso favor Borges Carneiro — o DeputadoPortuguês que maiores sympathias manifestara até então pelacausa brasileira — mas pelas conclusões com que o rematou, emvehemente peroração que encheu do maior assombro a escanda-lizada assembleia. António Carlos collocara nos devidos termosa posição do problema que nos interessava fundamentalmente: nã<? (1) Na Collecção do Inst. Hist. do Ceará, págs. 154 e António Carlos 282 se tratava da outorga de concessões por parte de Portugal aoBrasil, mas da união política de dois Povos livres — que haviamde ter forçosamente iguaes direitos para que tal união se man-tivesse em condições duradouras. Eis o final de seu discurso,na íntegra: A respeito de se dizer que os Povos, apesar degozarem dos mesmos direitos, não hão de ter todos as mesmascommodidades, digo que si isto assim fosse, nossa união nãoduraria um mes. Os Povos do Brasil são tão Portugueses comoos povos de Portugal e por isso hão de ter iguaes direitos. Em-quanto a força dura, dura a obrigação de obedecer. A força dePortugal há de durar muito pouco, c cada dia há de ser menor,uma vez que se não adoptem medidas profícuas e os Brasileirosnão tenham iguaes commodidades. Voto, por conseguinte, paraque se conceda ás Juntas
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